Retrospectiva 2023: turismo impulsiona divisas e empregos
No cenário de recuperação pós pandemia, o turismo brasileiro está vibrante. Segundo dados da EMBRATUR, em outubro de 2023, o Brasil recebeu quase 410 mil turistas internacionais, equivalendo ao patamar de 2019. E as perspectivas são ainda mais animadoras, com projeções de alcançar a marca dos 6 milhões até o final do ano.
O Presidente da Agência, Marcelo Freixo, destaca a positividade no setor e prevê um recorde histórico em receitas advindas dos gastos dos estrangeiros no Brasil. O Painel de Dados da EMBRATUR mostra que em outubro de 2023 o valor foi de USD 646,9 milhões, contra USD 462,1 no mesmo mês de 2019 (veja na imagem abaixo). Além das divisas geradas, os segmentos de alojamento e alimentação criaram 126 mil novos empregos somente em outubro desse ano (CAGED, out. 2023). Esses números são uma comprovação da importância do turismo como grande aliado da economia nacional. O setor de Serviços, onde o turismo está inserido, liderou o crescimento do emprego formal em outubro, com um saldo de 109.939 postos.
Fonte: Portal de Dados – Painel de Receitas, Embratur.com.br, disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/receitas-internacionais>. acesso em: 4 dez. 2023.
Fonte: PORTAL, Portal de Dados – Painel de Chegadas, Embratur.com.br, disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/chegadas-internacionais>. acesso em: 4 dez. 2023.
E o que os dados significam?
Esses dados da entrada de divisas e da geração de empregos são os mais relevantes do setor de viagens e turismo. Os invés de computar quantos estrangeiros chegaram ao país (que também é importante), precisamos entender que o relevante mesmo são os gastos e o impacto da atividade econômica na vida dos destinos, sobretudo na ocupação formal e no empreendedorismo. A conta ideal é: quantos vieram, quantos dias ficaram e quanto gastaram.
E falando no volume de passageiros, destaca-se a grande importância da América do Sul, responsável por quase 61% das chegadas de estrangeiros. A Europa e a América do Norte enviaram, 19,44% e 13,91% respectivamente. Os argentinos lideram o ranking de visitantes estrangeiros, com 1,51 milhão, seguidos pelos americanos, chilenos e paraguaios.
Esse protagonismo do turismo como vetor de crescimento econômico e geração de empregos deve estar acompanhado de qualificação e melhoria dos serviços em geral. Aliar e integrar a qualificação dos empregados no setor com a digitalização deve ser prioridade de políticas públicas e empresariais. Essa é a forma de conquista competitividade e sustentabilidade ao turismo brasileiro no longo prazo.
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