Como o Costão do Santinho tem contribuído para manter a balneabilidade da Praia do Santinho

Como o Costão do Santinho tem contribuído para manter a balneabilidade da Praia do Santinho

Costão do Santinho Resort

Há 20 anos a medição da balneabilidade da Praia do Santinho indica a boa qualidade da água para banho.

O histórico de balneabilidade da Fundação de Meio Ambiente – Fatma, aponta que desde 1998 algumas praias sempre tiveram o mesmo resultado nos últimos 20 anos. Como é o caso das medições nas Praias do Santinho e da Barra da Lagoa, além da Lagoa do Peri.

O Resort Costão do Santinho está inserido há 26 anos num paraíso ecológico de 800 mil m², dos quais 600 mil m² estão preservados, formando um dos mais importantes parques urbanos privados do Brasil. No parque habitam cerca de 400 mil árvores de mata atlântica, 160 espécies de pássaros catalogados, 20 espécies de bromélias, 75 espécies de orquídeas e diversos indivíduos da fauna silvestre. E desde a sua fundação ele tem contribuído para que a natureza se tornasse acessível e ao mesmo tempo preservada.

Além de toda a preocupação que o Resort tem com a preservação da mata atlântica e com a historicidade do local, o Costão também tem a preocupação com o saneamento e a balneabilidade da Praia do Santinho, para o idealizador do Resort, Fernando Marcondes esse cuidado com o meio ambiente é, uma cláusula pétrea, ou seja, algo que não entra em questionamento se será ou não realizado. É algo que está sempre em pauta.

Sendo assim, tudo que é feito no empreendimento é realizado com o menor impacto ao meio ambiente. E, para garantir que todo o rejeito seja despejado da forma correta, há 18 anos o Resort possui uma estação de tratamento de efluentes.

Como funciona
A estação de tratamento de efluentes é um sistema tecnológico utilizado desde 2000, no Resort. O banco luminoso, conjunto de 45 lâmpadas emissoras de raios ultravioleta confinadas em caixa vedada de concreto, é a etapa final do sistema operacional da estação de tratamento do Costão do Santinho.

Na estação do Costão do Santinho, o processo de reutilização do rejeito foi pensado do início ao fim. Antes de esguichar com força pelas mangueiras utilizadas para irrigação de campos de futebol e de golfe ou, ainda, na lavação de calçadas e das áreas externas do complexo, os efluentes com 98% de pureza passaram por outras três fases – tanques de aeração, filtragem e decantação. O lodo residual é armazenado no leito de secagem e depois de maturado é recolhido pela Brooks, que dá o destino correto ao lodo. Todo processo da estação de tratamento de efluentes é supervisionado por duas consultorias externas – JR Hidroquímica e Socioambiental.

A eficiência do tratamento está diretamente vinculada ao permanente monitoramento técnico e eletrônico da rotina operacional dos equipamentos. E, principalmente, da dedicação em tempo integral da equipe, quatro profissionais residentes, sendo um engenheiro sanitário e três técnicos, responsável pelo setor de hidráulica do sistema.

Moderno e eficiente, o conjunto de equipamentos está capacitado para processar até 600 m³ durante o pico da temporada de verão, média que cai para 300 m³ no resto do ano. De fora, o processo parece simples. A carga de esgoto diária do complexo é bombeada diariamente para tanques de aeração, com tratamento biológico para eliminação de maior parte das bactérias e que separa a parte líquida da sólida. Em seguida, os efluentes passam para a etapa de decantação, processo que separa o lodo da água e após este processo a água é transportada para a etapa de filtragem com o sistema de areia e carvão ativado onde o líquido segue para a última etapa de purificação, o banco de lâmpadas de ultravioleta, e escorre praticamente limpo e reoxigenado no outro lado.

O monitoramento é diário. Todas as tardes, um técnico em saneamento mede parâmetros de oxigênio dissolvido, pH, nitrogênio, fósforo, sólidos suspensos, demanda química de oxigênio, cloretos, coliformes fecais e, por último, da placa de lâmpadas emissoras de raios ultravioleta que completa o processo. A 200 metros dali equipes de jardineiros se dividem nas tarefas de irrigação dos canteiros floridos e do gramado do campo de futebol de 8.250 m², com padrão Fifa. Límpida e sem odor, a água após passar pelos quatro processos básicos da estação de tratamento de esgoto.

Inaugurado em dezembro de 1991, o empreendimento, entre as dunas e o costão das Aranhas, e duramente criticado durante a fase de implantação, o empreendimento adotou importantes ações ambientais. “Somos visitados por alunos de escolas públicas e privadas da região”, emenda Leonardo Freitas. Em média, de 30 mil a 40 mil crianças participam por ano das atividades de educação ambiental do complexo, que incluem caminhada nas trilhas do morro das Aranhas.

Para Sérgio Magalhães, gerente de manutenção, é um privilégio fazer parte desse projeto “me sinto privilegiado por fazer parte desta operação. Eu sou nativo do Santinho e tenho liberdade de poder ir à praia conhecendo e sabendo a procedência da água, na qual vou me banhar – afirmo que é uma das praias mais limpas do Brasil. Pra mim, é um privilégio, disse.

Para Anderson Tavares, coordenador de manutenção, saber a procedência da água é uma motivação para ir à praia “eu não sou de ir a praia, mas eu moro aqui no Santinho e eu só levo meu filho à praia porque eu sei que é limpa, que água é boa. O sistema de tratamento de efluentes do Costão do Santinho é referencia no estado de Santa Catarina, há outras estações de tratamento espalhadas pelo estado, das quais conheço e já tive a oportunidade de trabalhar, mas nenhuma delas tem a eficiência que possui a ETE do Costão”, revelou. Acesse o relatório da Fatma aqui.

(Acontecendoaqui, 01/02/2018)




Artigo publicado em:
06/02/2018
Categorias:
Turismo
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