Falta paixão nos nossos eventos

Falta paixão nos nossos eventos

O ano já começou e as ideias fervilham, ainda mais, quando nosso setor começa com a realização de um importante evento. Trata-se do PCMA CONVENING LEADERS LIVE que está sendo realizado em NASHVILLE, nos Estados Unidos, reunindo colegas de todo o mundo, presencialmente ou virtualmente, para debaterem temas que irão nos inspirar nos próximos anos ou àqueles conteúdos que nos instigam a continuar buscando soluções mais assertivas.

Um dos temas que foi abordado pelo key note speaker, Greg Bogue, foi justamente essa busca de gerar mais engajamento com o público de um evento.

Muitos acreditam que ofertar um APP do evento e prover uma série de enquetes é uma das apostas mais exitosas. Porém, o fato é que é talvez a solução mais convencional na atualidade, mas que isoladamente não ganha simpatia e muito menos engajamento.

A palavra-ação mencionada durante mais de uma hora da explanação de Greg Bogue foi justamente a paixão que o evento deve demonstrar para sua audiência, sedimentada nos valores da comunidade criada para vivenciá-lo. E isso é preciso estar presente em todos os momentos.

Digamos que seja a cultura organizacional do evento que precisa estar disponível e refletida em cada ação, em cada detalhe, desde um simples lay out, estrategicamente pensado, até aos Relações Públicas escolhidos para tornarem o evento conhecido e comentado via mídias sociais.

O palestrante Bogue, que é bem conhecido na América do Norte, por seu trabalho junto ao trade, sentenciou que é ‘…preciso ampliar a voz do evento, ou seja, após formatar sua personalidade, é preciso dar lhe voz de forma que todos possam ser impactados.”

E aí o evento ganha dinamismo e movimento atingindo diretamente a audiência.

Por aqui no Brasil, temos presenciado uma gama de eventos mornos, “sem sal”, mecânicos demais… nós até participamos por uma questão de obrigatoriedade, mas acabamos na mesma sintonia, que não gera vínculo e logo depois seu fim, literalmente, cortamos qualquer tipo de aliança que poderia ser reforçada para futuras ações.

Só por que um evento ofereceu determinada ação, o outro vai e copia de forma figurada, sem moldá-lo conforme sua identidade, tornando algo fake, sem emoção e às vezes até sem nexo algum. A falta de autenticidade é latente sobretudo pela falta de zelo, de cuidado em identificar qual é seu estilo, o que você quer realmente transmitir para seu público. Fato que transforma o evento em mais um … sem brilho, sem particularidades, sem veracidade.

A paixão então sucumbe… nem se é dada a chance desse sentimento aflorar.

Nós, profissionais de eventos, temos que rever nosso conceito de paixão… e dessa forma introduzir esse sentimento em nossos eventos, afinal, trabalhamos com máquinas e tecnologia, mas somos humanos e conectados por emoções e essas, abstratas ou não, devem estar presentes em todos os momentos de um evento, caso contrário teremos atingido o patamar da tecnicidade.

A empatia promove retorno imediato…, mas a mesma tem que ser genuína e não simplesmente uma palavra da moda!

Vamos deixar que a Paixão realmente nos mova!

Por Andréa Nakane, publicado também no Portal Eventos




Artigo publicado em:
19/01/2018
Categorias:
Turismo
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