Estudo “Perspectivas de Desempenho da Hotelaria” projeta aumento da taxa de ocupação em 2016
O FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) lança a terceira edição do estudo “Perspectivas de Desempenho da Hotelaria”, que traz projeções otimistas que apontam, entre outras coisas, para o aumento das taxas de ocupação em 2016, além da comparação dos dados do primeiro semestre de 2015 com o mesmo período do ano anterior.
Utilizada como base para a elaboração dos orçamentos dos hotéis das redes associadas ao FOHB, além de item consultivo de diversas esferas do governo, entidades do trade e imprensa, esta edição anual do estudo traz uma análise focada nas capitais e municípios mais atuantes em turismo de negócios, como Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Grande São Paulo, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Luis, São Paulo e Salvador.
Os valores observados são próximos daqueles observados no consolidado do ano de 2013, o que permite inferir que o impacto da Copa do Mundo no desempenho hoteleiro se restringiu a picos nos meses de realização do evento – junho e julho. As pesquisas indicam que, para o primeiro semestre 2016, há expectativas de recuperação da diária média na maior parte das cidades. Estima-se, também, o aumento da taxa de ocupação, com destaque para Brasília (+3,8%), reflexo do otimismo setorial em relação a uma possível melhora do ambiente econômico. Dentro deste período, o RevPAR também apresenta perspectiva de crescimento, cenário em que evidenciam-se São Luís (+7,0%), Grande São Paulo (+5,4%), Curitiba (+5,3%) e São Paulo (+5,2%).
Espera-se um período mais otimista para o segundo semestre do ano que vem, sendo que as melhores taxas de ocupação serão as de Recife (+3,9%), São Luís (+3,8%), Goiânia (+3,7%) e Brasília (+3,6%). O RevPAR acompanha o crescimento e tem estimativa de aumento em todas as localidades. Para completar a análise, estima-se que a diária média do país aumente em cerca de 5% – ainda abaixo da inflação prevista para 2015.
Em suma, as perspectivas para 2016 mostram uma recuperação da taxa de ocupação com relação ao ano de 2015 e, principalmente, um reajuste compensatório nas tarifas praticadas atualmente, por meio da necessidade do aumento da diária média e do RevPAR na maior parte dos destinos brasileiros. Os dados e o contexto descritos evidenciam que o caminho a ser trilhado é de um planejamento no gerenciamento das tarifas baseado na confiança do potencial de venda dos nossos destinos e empreendimentos, mantendo, então, a sustentabilidade econômica setorial.
Os custos de energia, de insumos e de evidentes aumentos nas cargas tributárias, como a reoneração da folha de pagamentos, exercem uma pressão nas despesas dos empreendimentos cerca de 40% maior que o índice de inflação previsto para 2015, que é de mais de 9% ao ano. Por isso, promover reajuste nas tarifas é necessário para se fazer frente à atual situação, com o objetivo de mantermos um mercado saudável, em que possamos continuar a gerar empregos, distribuir renda e promover a melhor experiência para nossos hóspedes, explica Patrick Mendes, Vice-presidente de Estudos e Tendências do FOHB.
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