Plano de Marketing Turístico do Pantanal sugere metas para até 2023
Mais uma etapa do Plano de Marketing Turístico do Pantanal foi concluída quarta-feira (21/11), com a oficina realizada pela consultoria técnica responsável por toda a elaboração do documento, a Pires e Associados.
Para um público formado por representantes de entidades públicas e privadas de municípios que compõem o Polo Pantanal, empresários, trade e profissionais do setor, foi a vez de conhecer mais detalhes sobre as ações sugeridas pela consultoria e como fazer a gestão destas atividades.
Quem ministrou a oficina foi uma das consultoras responsáveis pelo Plano, Jeanine Pires que esclareceu que além dos dados disponíveis sobre o Pantanal mato-grossense, também foram usadas como base outras pesquisas e entrevistas feitas com operadores nacionais, internacionais, locais, empresários e turistas para chegar as metas indicadas até 2023.
Entre algumas delas, a questão da permanência média dos turistas no Pantanal que deverá passar dos atuais 4,96 para 5,8 dias; a taxa de sazonalidade que ao invés de ser trabalhada no período de março a novembro deve ser ampliada com o mês de fevereiro; aumentar o número de operadores nacionais que trabalham com o destino em mato Grosso de 64% para 100% até 2023, fazer o mesmo com operadores estrangeiros de 48% para 60%.
Como explica Jeanine, para poder trabalhar o Pantanal de forma mais estratégica foi realizado um ranqueamento de todos os produtos para entender as características e o que pode ser destacado. “O nosso sonho a longo prazo é caracterizar o Pantanal como sendo a melhor experiência de turismo de natureza do Brasil, pois, a região está numa área que integra outros elementos do cerrado, da amazônia e da caatinga e isso é singular e o seu maior diferencial”, ressaltou.
Para que essa meta seja alcançada a especialista lembra que é preciso que toda a região turística do Pantanal em Mato Grosso apresente as melhores condições para que turistas vivenciem e interajam com toda a riqueza hídrica, a diversidade de fauna e flora e as paisagens. “Um destino turístico leva anos para se consolidar. A concorrência é grande e o mercado está cada vez mais exigente. Queremos agregar mais valor para o turismo nesta região, trazendo novos elementos que podem ser explorados como a vida do pantaneiro, o Pantanal nas quatro estações, por exemplo”, observou.
O adjunto de Turismo da secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Okamura aproveitou a ocasião para reforçar a importância da criação das Instâncias de Governança Regional (IGR) nas regiões turísticas, sobretudo no Pantanal, para o fortalecimento dos polos e destacou o modelo de Foz do Iguaçu que já conta com 16 municípios que possuem IGR e hoje é referência em turismo sustentável. “Com as IGR formatadas, os municípios têm total autonomia para tomarem decisões, buscarem recursos público e privados, organizarem seus calendários de eventos, participarem de feiras nacionais e fora do país. Assim, não ficam dependendo só dos Poderes para viabilizarem as demandas, buscando desenvolvimento local”, comentou.
As IGRs são formadas por representantes do poder público, por meio das prefeituras, pela iniciativa privada, pelo trade turístico (donos de hotéis e pousadas, de restaurantes, espaços de lazer, transportadoras de viagens, de agências de turismo e etc) e pela sociedade civil organizada.
A próxima etapa do Plano de Marketing será uma audiência pública para apresentação final de todo o documento. O estudo realizado pela empresa Pires e Associados venceu um processo licitatório através de um convênio firmado pelo Ministério do Turismo com a Sedec, inteiramente com recurso federal.
(Minutomt, 25/11/2018)
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